14/03/2024 às 13h11min - Atualizada em 14/03/2024 às 13h11min
SÓ 'H' NA EDUCAÇÃO: Alunos voltam ao ano letivo, mas não têm aulas nas escolas de Maceió
No calor e sem professor
Agência de Notícias
"Prefeito JHC secundariza a educação", denuncia professor. Nas escolas da rede municipal de ensino de Maceió, a falta de estrutura física é gritante. Prédios com tetos desabando, instalações inadequadas e a ausência de equipamentos de ventilação ou refrigeração são apenas alguns dos problemas enfrentados pelos alunos. Em muitos casos, a situação é tão crítica que os estudantes são obrigados a retornar para casa mais cedo, simplesmente porque não há aulas.
Na Escola Municipal Zumbi dos Palmares, localizada no Clima Bom, a situação é alarmante. Segundo relatos do professor Luiz Carlos, que leciona na rede municipal há duas décadas, a situação de abandono se agravou na gestão atual. Na entrada da escola, um quadro avisa à comunidade sobre a falta de professores para cinco turmas distintas, afetando pelo menos 175 alunos do 3º e 4º ano desde o início do ano letivo.
Realidade da Educação em Maceió - Quadro avisa a comunidade sobre a falta de professores para cinco diferentes turmas da escola - Cortesia / montagem
"A escola não dispõe de professores no turno noturno e vespertino, e um dos principais motivos para a ausência de aulas à tarde é o calor intenso", explicou Luís Carlos.
Além disso, as salas de aula são mantidas com janelas abertas devido à falta de ventiladores, enquanto os aparelhos de ar-condicionado existentes não podem ser utilizados devido à incompatibilidade com a voltagem da rede elétrica. Outra preocupação é a paralisação das obras da quadra de esportes, que foram interrompidas devido à falta de repasse financeiro da Secretaria Municipal de Educação (Semed) para a empresa responsável.
"O prefeito JHC negligencia a educação. Ele prioriza investimentos em eventos como escolas de samba e shows milionários, em vez de destinar recursos para aprimorar a qualidade do ensino nas escolas municipais, que atendem principalmente filhos de trabalhadores pobres", acrescentou o professor.
A Semed respondeu afirmando que as "carências de pessoal em toda a rede serão sanadas com a contratação dos aprovados no PSS, que já começaram a ser convocados pela Semed".
Redação / Agência de Notícias