Fernando Busian / Agência Alagoas
O governador em exercício de Alagoas, Ronaldo Lessa, participou da abertura da 5ª Reunião Plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), o “Conselhão”, nesta terça-feira (5), em Brasília. Entre os temas discutidos, destaque para a saída do Brasil do mapa da fome, pela segunda vez, e as medidas de mitigação dos efeitos do tarifaço de Donald Trump contra o Brasil.
Estado produtor e exportador de cana-de-açúcar e manga, entre outras commodities, a produção do estado será impactada pela taxação norte-americana. No entanto, para o governador, como a China e o Canadá são os principais destinos dos produtos alagoanos, o boicote comercial não terá um impacto tão forte.
“Os Estados Unidos são o nosso terceiro cliente {na exportação de cana-de-açúcar], mas vamos tentar negociar para se chegar a um acordo. O caso ainda não está encerrado”, comentou Lessa.
A reunião teve a presença do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva; do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin; da ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann; do ministro da Fazenda, Fernando Haddad; e do ministro da Relações Exteriores, Mauro Vieira.
Este abriu a reunião e falou das medidas tomadas até agora para enfrentar os impactos econômicos do tarifaço imposto pelo Governo de Donald Trump.
“O presidente da República comunicou e comemorou a saída do Brasil do mapa da fome, essa foi a grande vitória da gente. Evidentemente, aproveitou essa plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social e mais [a presença de] governadores e ministros para tratar também do tarifaço, reafirmando que a soberania brasileira é inegociável – inclusive uma fala comum de todos os oradores –, mas que estava aberto para negociar. Essa é a questão central. O comércio é feito para isso [negociar], as nações são feitas para isso, mas o que não pode é abrir mão da nossa soberania”, afirmou Ronaldo Lessa.
Ele avalia o cenário com otimismo, uma vez que o governo brasileiro está aberto para buscar uma saída junto ao governo norte-americano.
“Há a possibilidade de o país de fazer dois tratamentos para a gente sofrer o menos possível: um para os grandes produtores, que devem buscar novos mercados internacionais; e outro para os produtores de pequeno porte, com o governo federal oferecendo o suporte necessário”, acrescentou.
Composto por representantes da sociedade civil, o órgão é responsável pelo assessoramento do presidente da República na formulação de políticas públicas e diretrizes de governo.
Na oportunidade, foram apresentados os resultados dos trabalhos dos conselheiros e assinados decretos, sanções e acordos de cooperação de propostas geradas no âmbito do Conselhão.