O comércio on-line tem sido um aliado para quem decidiu investir em novas formas de comercialização. A estratégia de comercializar usando a internet se intensificou durante a pandemia, quando as lojas físicas tiveram que ficar com as portas temporariamente fechadas e a população pouco saía de casa. Nas feiras livres e mercados públicos, locais tradicionais de comercialização “corpo a corpo”, os feirantes tiveram que inovar e se modernizar.
De olho em novas formas de comercializar usando a internet, Micilene Pereira, 44 anos, está usando o delivery como estratégia para manter as vendas e garantir 90% da renda da barraca. “O cliente aqui tem várias opções: pode vir aqui fazer a feira, se não quiser levar, até em casa a gente leva; também pode pedir pelo WhatsApp e nós entregamos. Se o cliente não tiver em casa, não tem problema. Ele recebe a feira e depois faz o pagamento. E também temos a conta pelo Ifood”, explica Micilene, que possui uma banca na feira da Jatiúca há mais de duas décadas.
Para o cliente ficar completamente satisfeito, a Secretaria Municipal do Trabalho, Abastecimento e Economia Solidária (Semtabes) está intensificando manutenções, reparos e melhorias diversas nos equipamentos públicos de comercialização, como feiras, mercados, Centro Pesqueiro e Shopping Popular. A intenção é dar suporte aos permissionários para que tenham um ambiente de trabalho que possa atrair os cada vez mais consumidores.
“Sabemos que os consumidores estão começando a voltar para as lojas físicas e nosso papel é garantir que eles consigam ter as melhores experiências nestes locais. No Shopping Popular, por exemplo, reativamos a escada rolante e já estamos trabalhando no projeto de reativação do elevador para garantir maior acessibilidade. Nos mercados e feiras, as equipes estão trabalhando na reforma dos banheiros e outros investimentos em melhorias estruturais dos equipamentos”, atenta a secretária adjunta da Semtabes, Ríssia Rodrigues.
Os investimentos que a Prefeitura de Maceió está realizando nos equipamentos públicos dão suporte para Cicera Bernardo, 50 anos, que ainda não tem o costume de mexer com as redes sociais ou plataformas de vendas online. A loja dela fica localizada no 2º piso do Shopping Popular. “Com a escada rolante, melhorou bastante, praticamente 100%. A expectativa de todos é aumentar nossa cartela de clientes. Usando a escada rolante, agora fica mais fácil de chegar aqui na loja”, acredita Cicera.
Levantamento
Um levantamento realizado pela empresa especializada em monitoramento on-line, a Neotrust, apontou que o e-commerce no Brasil teve uma alta no número de pedidos feitos na internet, crescendo 16,9%, com 353 milhões de entregas. Lipia Souza, 31 anos, está aproveitando esse aumento dos pedidos dos consumidores. Há quatro anos vendendo sapatos, ela usa as redes sociais além da divulgação da loja e fecha negócios pelo perfil do Instagram e pelo WhatsApp.
“É uma comodidade para o cliente. Muitos vêm até a loja, outros querem receber em casa. A internet dá essa vantagem de antecipação. Então, temos o cuidado necessário para que eles consigam ter o que querem. Ou entregando em casa ou recebendo eles aqui no Shopping Popular”, ressalta a lojista.