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Deputado Cabo Bebeto: o avesso dos Direitos Humanos em Alagoas desligando energia elétrica dos acampamentos dos sem terra

As medidas, classificadas por lideranças sociais como arbitrárias e desumanas, têm sido interpretadas como uma tentativa de criminalizar o movimento popular

14/10/2025 11h04 - Atualizado há 10 horas
Deputado Cabo Bebeto: o avesso dos Direitos Humanos em Alagoas desligando energia elétrica dos acampamentos
Foto: Deputado Cabo Bebeto

O deputado estadual Cabo Bebeto, integrante da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE/AL), tem se mostrado, na prática, o oposto do que o cargo exige. Em vez de atuar na defesa das garantias fundamentais, o parlamentar tem adotado um discurso e práticas que afrontam justamente os princípios que a Comissão deveria preservar.

 

Um exemplo emblemático é sua postura em relação ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Enquanto movimentos sociais lutam pelo direito constitucional à terra e à moradia, Bebeto se notabiliza por utilizar o braço armado da Polícia Militar para perseguir os acampamentos — chegando, inclusive, a apoiar ações de corte de energia elétrica em áreas ocupadas por famílias em situação de vulnerabilidade.

 

As medidas, classificadas por lideranças sociais como arbitrárias e desumanas, têm sido interpretadas como uma tentativa de criminalizar o movimento popular, em vez de dialogar com as causas sociais que o motivam.

Organizações de direitos humanos apontam que tais atitudes configuram violação de prerrogativas fundamentais, especialmente quando partem de um representante público que ocupa assento em uma comissão voltada, ironicamente, à proteção da dignidade humana.

 

O contraste entre o discurso e a prática do deputado levanta questionamentos sobre o real comprometimento da Comissão com a defesa dos direitos do povo alagoano.

Enquanto o MST busca garantir o cumprimento da função social da terra, conforme previsto na Constituição Federal, o parlamentar parece preferir a repressão em lugar do diálogo, transformando uma pauta social em palco de perseguição política.

 

A atuação de Cabo Bebeto reforça um triste paradoxo: em Alagoas, quem deveria defender os direitos humanos, muitas vezes, é quem mais os nega.


FONTE: Por Redação/Agência de Notícias
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