Neide Brandão / Ascom Hospital Metropolitano de Alagoas
O Hospital Metropolitano de Alagoas (HMA), vinculado à Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), foi palco de mais um gesto de amor ao próximo: a quinta captação de órgãos realizada na unidade em menos de um ano. O procedimento foi possível graças ao gesto de generosidade da família de um paciente de 63 anos, vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) hemorrágico, que autorizou a doação após a constatação da morte encefálica.
Foram captados os dois rins, o fígado e as duas córneas, garantido que várias pessoas deixassem a fila de espera por um transplante de órgãos. Conforme o último levantamento da Central de Transplantes de Alagoas, 578 pessoas estão atualmente na lista de espera por um transplante no Estado: 559 por córneas, 13 por um rim, quatro por um coração e dois por um fígado.
A enfermeira Géssica Serafim, da Comissão Interna de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIDOTT) do Hospital Metropolitano de Alagoas, destacou a importância do trabalho em equipe e do acolhimento humanizado durante o processo. “Em menos de um ano estamos realizando a quinta captação de órgãos para transplantes. Ficamos muito agradecidos pelo ‘sim’ de mais uma família. Um sim que salva vidas e leva esperança a tantos outros que esperam por um órgão para voltar a viver normalmente. Sem esse sim, nada disso seria possível”, afirmou a profissional.
Ela também ressaltou que o processo envolve múltiplos profissionais de diferentes áreas, desde o diagnóstico da morte encefálica até o suporte emocional aos familiares. “Como a gente costuma dizer, é um trabalho de várias mãos, um trabalho de formiguinha. Existe um envolvimento de muitos profissionais para que a família tenha o direito de dizer sim. Fico muito honrada por fazer parte desta equipe, contribuindo com o processo, acolhendo as famílias e assegurando seus direitos. Aproveito para prestar meus sentimentos aos familiares e reafirmar que esse gesto é um ato de amor e generosidade”, completou.
O diretor do Hospital Metropolitano de Alagoas, Filipe Fernandes, também destacou a importância do momento e o papel fundamental da equipe no sucesso da captação. “A doação de órgãos é um ato de solidariedade que transforma vidas. O Hospital Metropolitano tem se destacado nesse cenário não apenas pela estrutura, mas pelo comprometimento de seus profissionais com cada etapa do processo. Nossa missão é salvar vidas e oferecer esperança, e é isso que temos feito com dedicação e responsabilidade”, afirmou o gestor.
Conscientização
Daniela Ramos, coordenadora da Central de Transplantes de Alagoas, reforçou a relevância da conscientização social e do papel das instituições de saúde para fortalecer a cultura da doação no Estado. “Cada vida salva começa com o gesto corajoso de uma família que, mesmo em meio à dor, escolhe dar continuidade à vida de outras pessoas. Falar sobre doação de órgãos é falar sobre empatia, solidariedade e esperança. O trabalho que vem sendo desenvolvido no Hospital Metropolitano é essencial para consolidar essa cultura em Alagoas e ampliar as possibilidades de transplante para quem espera há tanto tempo”, afirmou.
