22/01/2024 às 16h21min - Atualizada em 22/01/2024 às 16h21min

Moradores dos Flexais dizem que indenização de R$ 12.500 é 'murro na cara'

A decisão, resultado de uma ação movida pela Defensoria Pública, saiu na sexta-feira (19)

Por g1
Moradores dos Flexais protestaram à favor da realocação, porém ainda não receberam o incentivo da mineradora - Foto: Foto: Ragi Torres/TV Gazeta
Os moradores das comunidades Flexal de Baixo e Flexal de Cima, região do Bebedouro monitorada por estar próximo da área afetada diretamente pela mineração de sal-gema em Maceió, criticam o valor de R$ 12.500 estipulado pela Justiça à Braskem como indenização pelo isolamento provocado pela evacuação do bairro. A Defensoria Pública do Estado diz que vai recorrer da decisão.

"A [proposta] de R$ 25 mil já era um tapa na cara, essa agora, de R$ 12 mil, então, pode-se dizer que é um murro que se dá na cara da população", disse Antônio Domingos, proprietário de um imóvel nos Flexais.

A decisão, resultado de uma ação movida pela Defensoria Pública, saiu na sexta-feira (19) e pegou os moradores de surpresa, que esperavam um valor mais alto.

O problema do afundamento do solo começou em 2018 e, à medida que foi se agravando, provocou a desocupação de mais de 14 mil imóveis no Pinheiro, Bebedouro, Bom Parto, Farol e Mutange. Só que em alguns bairros essa desocupação foi apenas parcial, tendo famílias vivendo em algumas áreas até hoje.

Quem permanece nos Flexais perdeu comércio e equipamentos públicos como postos de saúde e escolas, além de enfrentar problemas de segurança e de infraestrutura nas residências. O temor dos moradores cresceu depois que parte de uma das 35 minas da Braskem afundou em dezembro do ano passado.

Por meio de nota, a Braskem informou que assinou um acordo em 2022 com o Executivo e com o Judiciário que prevê "23 medidas socioeconômicas que já estão sendo implementadas", e que "moradores e comerciantes também estão sendo indenizados por conta do ilhamento. O índice de adesão é de 99,7% e, até o fim de dezembro, R$ 46,9 milhões já haviam sido pagos" (leia na íntegra ao final do texto).

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