A Fundação Educacional Jayme de Altavila (FEJAL), mantenedora do tradicional Centro Universitário CESMAC, já não é vista apenas como uma entidade filantrópica de ensino. Nos bastidores, ela é tratada como uma verdadeira máquina de fazer dinheiro. Com mensalidades que pesam no bolso de milhares de estudantes e uma estrutura patrimonial milionária, a fundação desfruta de isenções fiscais e apoios públicos que levantam uma pergunta incômoda: onde está o controle social sobre a FEJAL?
A Prefeitura de Maceió, que ao longo dos anos concedeu incentivos, benefícios e até contratos para estágios e convênios, tem legitimidade para participar mais ativamente da gestão da fundação, garantindo que a “filantropia” prometida de fato chegue à população e não apenas ao caixa da mantenedora.
O jornalista e ex-presidente do Diretório Central dos Estudantes (DCE) do CESMAC, Devis Klinger Menezes, não poupou críticas:
“As mensalidades são altíssimas e a qualidade do ensino deixa a desejar. O CESMAC virou um negócio de luxo que não corresponde às expectativas dos estudantes”, disparou.
Enquanto a sociedade paga caro pelo ensino, e a instituição acumula patrimônio e influência política, fica o questionamento: por que a FEJAL não abre suas contas à população? Por que o Município, maior interessado no impacto social da educação, não exige assento e voz dentro dessa estrutura?
Nos corredores acadêmicos, a crítica é direta: “A FEJAL virou uma empresa de luxo disfarçada de filantropia. Quem sustenta o sistema são os estudantes, mas quem lucra são poucos”.
Com isso, cresce a pressão para que a Prefeitura de Maceió – que representa os cidadãos contribuintes – cobre transparência e participação efetiva na gestão da fundação, evitando que o discurso de “ensino acessível” continue mascarando uma operação milionária que se distancia do interesse público.