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Doação de órgãos no HGE beneficia cinco pacientes e reacende debate sobre a importância do gesto

06/09/2025 16h46 - Atualizado há 2 dias
Doação de órgãos no HGE beneficia cinco pacientes e reacende debate sobre a importância do gesto
Doador foi diagnosticado com morte encefálica após sofrer agressão por arma de fogo - Foto: Thallysson Alves/Ascom HGE

O Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, foi palco de uma nova captação de órgãos que promete mudar o destino de pelo menos cinco pessoas. Rins, córneas e fígado de um homem de 55 anos, diagnosticado com morte encefálica após ser baleado, foram doados com o consentimento da família, que respeitou o desejo do paciente em ajudar outras vidas, nessa sexta-feira (05).

A ação foi coordenada pela Central de Transplantes de Alagoas e pela Organização de Procura de Órgãos (OPO), que neste mês intensificam campanhas de conscientização dentro do Setembro Verde, iniciativa nacional que reforça a importância da doação de órgãos. O gesto da família, que enfrentava o luto de forma recente, se transformou em esperança para quem vive a angústia diária da fila de espera.

“Tomamos essa decisão porque sabemos da grande importância da doação de órgãos. Existem outras pessoas que precisam para sobreviver e ter qualidade de vida. Meu irmão era uma pessoa muito boa, gostava de ajudar os outros, e tenho certeza de que essa seria a decisão dele”, contou Márcia Ferreira, irmã do doador.

De acordo com o último levantamento da Central de Transplantes, 594 pessoas aguardam por um transplante em Alagoas. Destas, 563 esperam por uma córnea, 23 por um rim, quatro por um fígado e outras quatro por um coração. Todas estão cadastradas no Sistema Nacional de Transplantes, gerido pelo Ministério da Saúde.

A realidade da espera por um órgão é dura e silenciosa, mas momentos como esse expõem a urgência do tema. Em Alagoas, o Programa Alagoas Transplanta vem tentando dar respostas mais rápidas a essa demanda, utilizando a estrutura do Hospital do Coração Alagoano para transplantes de coração, rim e fígado. A estratégia busca otimizar recursos do SUS e ampliar o acesso a procedimentos que podem não só salvar vidas, mas transformar completamente o cotidiano de pacientes e seus familiares.

Tacila de Melo, filha do doador, acredita que a decisão trouxe um certo alívio em meio à dor. “Autorizar a doação dos órgãos do meu pai também nos trouxe conforto e esperança, pois sabemos que uma parte dele permanece viva, ajudando outras pessoas. Isso nos consola, porque mesmo após a sua morte, ele continua cumprindo o desejo de sempre ajudar alguém.”


FONTE: Por TNH1
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