14/05/2021 às 16h21min - Atualizada em 14/05/2021 às 16h21min

Atendimento qualificado e humanizado no combate à Covid-19 marcam 1º ano do Hospital Metropolitano

Unidade hospitalar foi inaugurada em 15 de maio com 130 leitos exclusivos para o tratamento de pacientes com a Covid-19

Alagoas Atenta com Agência Alagoas
Hospital Metropolitano de Alagoas completa um ano como referência na assistência a pacientes da Covid-19
Muitas vidas salvas e diversas histórias estão sendo contadas durante o primeiro ano de funcionamento do Hospital Metropolitano de Alagoas (HMA), situado no bairro Cidade Universitária, em Maceió. A unidade foi inaugurada no dia 15 de maio do ano passado, abrindo suas portas no momento mais crítico da pandemia do novo coronavírus e com a missão de assegurar tratamento de qualidade e humanizado para os pacientes diagnosticados com a Covid-19.

Em 365 dias de atividades, o Hospital Metropolitano de Alagoas concedeu alta médica para 1.789 pacientes. Inicialmente, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) havia disponibilizado 130 leitos para a Covid-19. Mas, ao longo do primeiro ano, foram abertas 85 novas vagas, ampliando em 65,38% os leitos na unidade hospitalar.

Atualmente, o Hospital Metropolitano de Alagoas conta com 215 leitos, sendo 150 clínicos e 65 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O HMA também possui uma estrutura ambulatorial para o atendimento à população, como o Ambulatório Pós-Covid-19, para o tratamento de pacientes que tiveram algum tipo de sequela, após estarem recuperados da doença, além de ofertar consultas destinadas a mulheres que tiveram câncer de mama e necessitam de reconstrução mamaria, por meio do Programa Ame-se.

Os serviços especializados do Ambulatório do Hospital Metropolitano de Alagoas contam com especialistas em neurologia, endocrinologia, infectologia, hematologia, cirurgia plástica, oncologia e mastologia. Desde a sua inauguração, 316 pessoas já foram atendidas. Outro diferencial do hospital é o Centro de Diagnósticos, com a realização de diversos exames de imagem. A unidade é equipada com tomógrafo computadorizado, aparelho de ultrassom, ecocardiograma, raios-x e o hospital também oferece o exame de colonoscopia à população. Pelo Centro de Diagnóstico do Hospital Metropolitano, 5.727 pessoas já foram submetidas aos exames de imagem.

Referência - Pra o secretário de Estado da Saúde, Alexandre Ayres, o Hospital Metropolitano de Alagoas se transformou em uma referência no enfrentamento à pandemia da Covid-19. “Graças a ele, nossa Rede Hospitalar Pública não entrou em colapso, como ocorreu com diversos Estados. Além de atendermos com eficiência e humanização dos alagoanos, ainda recuperamos dezenas de pacientes de outras regiões, como os manauaras, que foram trazidos durante o colapso da Rede Hospitalar Pública de Manaus”, recordou, ao parabenizar os profissionais do Metropolitano pela bravura com a qual atuam desde o dia 15 de maio de 2020.

Histórias de Recuperação – Dois dias após ser inaugurado, a equipe do Hospital Metropolitano de Alagoas recebeu uma das primeiras pacientes, a Mãe Neide Oyá D’Oxum, de 59 anos, patrimônio vivo do Estado e importante liderança religiosa, social, cultural e do movimento negro brasileiro. A princípio, Mãe Neide não acreditava ter contraído o vírus, já que não teve febre, nem dores na garganta, somente diarreia e vômitos. Os sintomas mais pesados da Covid-19 surgiram no aniversário da líder religiosa, dia 16 de maio.

“No começo, pensava que o mal-estar que sentia era pelo nervosismo da situação causada pela pandemia. Foi no meu aniversário que os sintomas pioraram, com o surgimento de uma febre muito alta, mas, como sou resistente a ir para hospital, não fui de imediato, porque achava que era outra doença qualquer. Além disso, estava com medo de buscar uma unidade de saúde e acabar me contaminando com o novo coronavírus”, contou Mãe Neide.

No dia seguinte, a líder religiosa foi para o Hospital Geral do Estado (HGE), fez uma tomografia computadorizada, e ficou constatado o comprometimento de 35% dos pulmões. Depois do resultado do exame, Mãe Neide foi transferida da ala vermelha do HGE para o Hospital Metropolitano de Alagoas.

“Confesso que no primeiro dia do internamento fiquei com medo, por estar sozinha, e por estar com uma doença até então totalmente desconhecida. Mas, os profissionais do hospital me trouxeram esperança naquele momento, tratando a mim e aos outros pacientes com muito cuidado, carinho e afeto, eles sempre procuravam saber como eu estava me sentindo fisicamente e emocionalmente. Foi esse atendimento humanizado que ajudou, e muito, na minha cura, deixando tudo mais leve!”, agradeceu a mestra do patrimônio vivo alagoano.

Depois de cinco dias internada, Mãe Neide recebeu alta médica após o tratamento recebido no Hospital Metropolitano de Alagoas. “Quando os médicos falaram que eu poderia voltar para minha comunidade, a maior vontade que tive foi de abraçar as pessoas que eu amo. Nesse momento, senti como se tivesse nascido novamente, senti que recebi uma nova chance para recomeçar. Essa doença mostrou e nos ensinou a ser mais solidários, a ter um olhar diferenciado e mais humano”, exaltou.

Outra alagoana a superar a Covid-19, depois de ser tratada no Hospital Metropolitano de Alagoas, foi Irinéia Rosa Nunes da Silva, a artesã de 73 anos, natural do Povoado Muquém, localizado em União dos Palmares, Zona da Mata de Alagoas. Ela batalhou durante 17 dias contra a Covid-19, sendo 13 deles internada na unidade hospitalar.

“Eu tive a doença em outubro do ano passado, na época senti cansaço, tosse e fiquei sem sentir gosto e cheiro. Lembro que quando cheguei no hospital, fui muito bem recebida por todos, que trataram de mim com todo o cuidado e carinho. Gostei de todos que me atenderam, cada um melhor que o outro, e se não fosse por eles, eu não estaria aqui para contar essa história”, recordou a artesã, que é mestra do Patrimônio Vivo de Alagoas, desde 2005.

Para o secretário executivo de Ações de Saúde e diretor do Hospital Metropolitano de Alagoas, médico, Marcos Ramalho, o hospital foi inaugurado no momento mais crítico da pandemia da Covid-19 e se tornou referência no atendimento humanizado. “O Hospital Metropolitano era uma unidade de saúde muito esperada pela população, pelo grande vazio assistencial que existia no Estado. Abrimos o hospital no momento mais crítico da pandemia, prestando um serviço de extrema importância nos atendimentos de Covid-19. Foi um ano muito difícil para todos que fazem parte da equipe, mas, tudo foi feito com muito zelo e carinho, para levar ao povo alagoano uma assistência de qualidade e humanizada”, salientou, ao sentenciar que “o propósito do Hospital Metropolitano é ser referência no atendimento de alta complexidade, sem esquecer da humanização como uma importante política de saúde pública”.

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