Nas últimas semanas tenho visto muitas matérias, não só em Alagoas, mas em outros estados brasileiros sobre cães de grande porte atacando pessoas e outros animais na rua levando alguns deles a óbito. Pessoas ficam feridas, entram em luta corporal com os animais e tragédias acabaram acontecendo, como o caso da escritora Roseana Murray foi vítima de um ataque de cães pitbulls em Saquarema, no Rio de Janeiro, e perdeu um dos braços ou aquele caso do cão da raça chow-chow que atacou sua tutora, arrancando um pedaço de seu lábio superior, em abril deste ano, em Ji-Paraná, no estado de Rondônia. Aqui em Alagoas um dos caso que chamou a atenção foi o ataque de um cão da raça american pitbull terrier a um cão salsichinha dentro do condomínio, onde o cão entrou na casa de um morador e saiu arrastando o pet e matou. O tutor também ficou ferido ao tentar separar os animais.
Bom, diante disso torna-se mais evidente a importância do uso da focinheira por parte dos animais de grande porte, de raças específicas, bem como de cães reativos ao sair com eles na rua para o passeio, seja para evitar que eles ataquem outros animais ou pessoas, e até mesmo para mantê-los em segurança.
Em alguns estados e cidades há leis que obrigam algumas raças a usarem focinheira em locais públicos, como no caso de Pitbull, Mastim-napolitano, Bull Terrier, American Staffordshire, Pastor Alemão, Rottweiler, Fila e Dobermann.
Mas, o ideal seria que todos os cães fossem acostumados a usar a ferramenta.
Sim, todos! Em algum momento haverá a necessidade de contenção. Imagine a angústia do cão, além de estressado, ter de usar algo que nunca viu de uma forma forçada. Todo o processo para o uso da focinheira em situações eventuais, como passeio ou ida ao médico veterinário deve ser feito aos poucos.
Quando um cão é apresentado a focinheira de uma forma positiva, ele aceitará o equipamento. Ainda mais se o cão associar a ferramenta a coisas tranquilas e segurança. Ficará muito mais fácil a manipulação.
Entenda, o uso da focinheira é para evitar que o cão morda outras pessoas ou animais, o que pode acontecer em situações de medo, excitação ou dor.
A focinheira é importante para manter a segurança, o controle do pet, previne acidentes.
Situações específicas:
Em casos de emergências, como acidentes ou em procedimentos veterinários, a focinheira pode ser necessária para garantir a segurança do animal e dos profissionais.
Quando usar?
É recomendável o uso em parques, praças, ruas e outros locais com grande circulação de pessoas e animais, especialmente para cães de raças consideradas mais reativas ou de grande porte.
Situações específicas:
Em casos de emergências, como acidentes ou em procedimentos veterinários, a focinheira pode ser necessária para garantir a segurança do animal e dos profissionais.
Como adaptar o animal para o uso da focinheira?
É fundamental acostumar o cão à focinheira gradualmente, começando com períodos curtos e oferecendo recompensas positivas, escolhendo o modelo adequado para ele.
Legislação:
Em algumas cidades e estados, o uso de focinheira é obrigatório para cães de certas raças ou de grande porte, conforme a legislação local. Não é o caso de Alagoas. Aqui infelizmente ainda não tem uma lei que obrigue o tutor a usar focinheira no pet durante passeios a espaços públicos, principalmente no caso de raças específicas ou animais reativos.
Segundo a advogada Rosana Jambo existe em Maceió um decreto municipal que tem força de lei e abrange determinadas áreas no município, a exemplo da orla marítima e algumas ruas. “Infelizmente isso não é eficaz porque quando se trata de raças perigosas, onde é necessário ter o manuseio melhor com o animal tem que ser no município inteiro e não somente em áreas especificas. Não abarca as demandas que temos em relação aos animais todos como agressivos. Há um projeto de lei na Assembleia Legislativa de 2023 sobre o caso, mas não foi colocada para análise para ser analisada como lei válida. É uma questão de segurança para todos, animais e pessoas. O Estado precisa viabilizar uma lei para o uso de focinheiras, pois ajudará a melhorar a segurança e o convívio entre pessoas e animais”, finalizou