07/02/2023 às 17h38min - Atualizada em 07/02/2023 às 17h38min

Caso Marcelo Leite – Polícia Civil pede prisão preventiva de policiais e aponta que arma foi plantada na cena do crime, ocorrido em Arapiraca

Alagoas Atenta com Redação NN1
Foto: Reprodução

A Polícia Civil de Alagoas concluiu o inquérito sobre a morte do empresário arapiraquense Marcelo Barbosa Leite, 31 anos, e deu os detalhes em uma coletiva à imprensa, no início da tarde desta terça-feira (07/02), na sede da Delegacia Geral, no bairro de Jacarecica, em Maceió.

De acordo com a comissão de delegados que estava à frente das investigações, com a conclusão, foi pedida a prisão preventiva de dois policiais militares que participaram do assassinato do empresário, em Arapiraca.

“Além de responder pelo homicídio na modalidade dolosa, o comandante da guarnição também será indiciado por fraude processual, por causa de uma provável implantação da arma de fogo na cena do crime”, disse o delegado geral da Polícia Civil de Alagoas, Gustavo Xavier.

O coordenador da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic), delegado Igor Diego, deu detalhes sobre o entendimento da comissão de delegados, para a conclusão do inquérito. “Essa comissão entendeu que a arma de fogo nunca existiu dentro do veículo do condutor Marcelo Leite. Ela teria sido colocada no veículo logo após os disparos. Essa arma de fogo teria sido necessária para simular uma legítima defesa [por parte dos policiais]. Essa conclusão se deu após ouvirmos as testemunhas que estavam em frente ao 3º batalhão, e que visualizaram a ocorrência, bem como o atendimento à vítima; e também com o depoimento de familiares dizendo que Marcelo Leite nunca possuiu arma de fogo, nem apoiava essa ideia; bem como após o laudo da reprodução simulada”, explicou Igor Diego.

Dois dos policiais militares do 3º Batalhão envolvidos na abordagem ao empresário devem responder ao processo presos. “Foi pedida a prisão preventiva porque eles continuam em atividade  e condutas como essas maculam a imagem da Polícia Militar e geram descrédito na população. A prisão objetiva evitar que cenas como essa voltem a acontecer. Ao terceiro policial envolvido não coube a prisão preventiva porque ele vai responder por um único crime. Para ele, foi representado pelo afastamento das atividades”, explicou o coordenador da Deic.

O delegado Igor Diego disse ainda que um outro PM, pertencente ao Pelopes 2, chegou a atirar em direção ao pneu do veículo, mas não vai responder por nenhum crime. “Isso [tiro no pneu] está de acordo com os procedimentos que devem ser adotados em uma abordagem policiais”, disse o delegado.

O chefe especial do Instituto de Criminalista (IC), Wellington Melo, também esteve presente na coletiva e disse que houve esforço máximo para entregar um material técnico robusto que contribuísse para o processo. “Passamos cerca de 1 mês estudando o caso. Fizemos uma constatação de ação violenta no veículo Creta. A equipe se esforçou ao máximo para entregar um material robusto, com provas técnicas para contribuir com a percepção penal”, frisou o perito.

O empresário Marcelo Barbosa Leite foi atingido por um tiro de fuzil durante uma abordagem policial na cidade de Arapiraca, no dia 14 de novembro do ano passado. O disparo foi efetuado por um militar do 3º Batalhão da PM. Marcelo morreu no dia 05 de dezembro, em um hospital em São Paulo para onde foi transferido.


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