A Secretaria Municipal de Saúde orienta a população de Maceió a redobrar os cuidados preventivos contra a dengue, que aumentou 35% nos primeiros sete meses de 2021 em relação ao mesmo período de 2020. Embora a Prefeitura tenha intensificado as ações para conter a proliferação do mosquito Aedes aegypti por toda a cidade, o período chuvoso favorece o acúmulo de água parada. Sem o devido cuidado doméstico para eliminar potenciais criadouros do mosquito Aedes aegypti, crescem os riscos de disseminação da doença.
A Coordenação Geral de Epidemiologia informa que de janeiro até a primeira quinzena de agosto, foram notificados 1.086 casos de dengue. No mesmo período, no ano passado, foram notificados 698 casos. Em relação ao pico no aumento de casos de dengue, este foi registrado no período de seis semanas, de julho até as duas primeiras semanas de agosto.
Enquanto aumentou a incidência de dengue, o número de notificações por chikungunya caiu 23%. Este ano foram notificados 50 casos, enquanto em 2020 foram 65 notificações no período. Já a notificação de casos de zika aumentou. Com 40 casos notificados este ano, o número é 17,5% maior que o registrado no mesmo período de 2020, quando houve 33 casos.
Os bairros Centro (493,42), Mangabeiras (295,38) e Ponta Grossa (182,60) registraram a maior incidência de casos de dengue por grupo de 100 mil habitantes.
Colaboração
O trabalho para eliminação de focos de dengue é feito de forma permanente. Além do trabalho regular desenvolvido pelas equipes de controle de endemias, em agosto, a Prefeitura fez 12.900 visitas e inspeções de imóveis durante dois dias da campanha Maceió Unida Contra a Dengue. A ação foi desenvolvida em conjunto com vários órgãos municipais e parceiros, que percorreram toda a cidade para sensibilizar a população a se tornar agente de prevenção contra a dengue.
“Nas nossas residências há sempre possibilidade de haver situações de empoçamento de água, onde pode ocorrer a proliferação desse mosquito. Por isso, a população não pode baixar a guarda, tirando um dia na semana para a limpeza e eliminação de possíveis criadouros de mosquito”, orienta a gerente de Doenças Transmitidas por Vetores e Animais Peçonhentos da Secretaria Municipal de Saúde, Carmem Samico.
O Levantamento de Índice Rápido (Lira) realizado de 21 a 25 de junho confirma que qualquer objeto que possa acumular água, por pequeno que seja, pode se tornar um criadouro do mosquito transmissor da dengue.
“Dentre os tipos de criadouros predominantes encontrados durante a pesquisa, foram capturadas larvas em tanques, tampas de balde, potes, tonéis, caixas d’água no chão, baldes, isopor, vasos de plantas, lona plástica, descartáveis, caqueira de plantas, banheira e tambor, sucata de televisão, tampa de fogão, lata de areia, caixa térmica, vaso sanitário de banheiro desativado, brinquedo, dentre outros”, informa a Gerência de Agravos Transmissíveis.
Os dados integram o Boletim Epidemiológico Arboviroses: Dengue, Chikungunya e Zika, elaborado pela Coordenação do Programa de Controle do Aedes aegypti e foram informados pela Gerência de Doenças Transmitidas por Vetores e Animais Peçonhentos da Secretaria Municipal de Saúde.
Disque Dengue
Para acionar as equipes de trabalho e denunciar focos potenciais do mosquito Aedes aegypti, a Prefeitura dispõe do Disque Dengue (3312-5495). Por meio dele a população pode denunciar locais propícios à proliferação do mosquito, como terrenos baldios, casas abandonadas ou piscinas desativadas.
Ascom SMS