A tecnologia que propiciou o desenvolvimento de vacinas altamente eficazes contra a covid-19 em tempo recorde é novidade para a maioria de nós, leigos, mas já faz parte da vida da bioquímica húngara Katalin Karikó há décadas. A cientista que hoje é aclamada internacionalmente como uma das pesquisadoras que pavimentaram o caminho para os imunizantes contra o coronavírus foi, por anos, alvo de descrédito daqueles que achavam que a técnica pesquisada por ela não tinha futuro.
Estudiosa do chamado RNA mensageiro (mRNA), plataforma utilizada nas vacinas da Pfizer/BioNTech e da Moderna, Katalin, hoje com 65 anos, passou a maior parte da sua carreira recebendo recusas de financiamento para os seus projetos.