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Alagoas leva experiência pioneira contra desinformação em missão brasileira que observa eleições em Portugal

Secretário de Comunicação Wendel Palhares, vice-presidente do CNSECOM, compartilha com comitiva internacional as ações propostas pelo Núcleo de Integridade de Informação de Alagoas

12/10/2025 12h49 - Atualizado há 13 horas
Alagoas leva experiência pioneira contra desinformação em missão brasileira que observa eleições em Portugal
Wendel Palhares compartilhou propostas pelo Núcleo de Integridade de Informação de Alagoas

Agência Alagoas
 

A missão brasileira em Portugal, que acompanha as eleições autárquicas (municipais) portuguesas para mapear estratégias de transparência e combate a boatos, conta com a expertise de Alagoas em seu grupo de trabalho. O estado, que já possui um Núcleo de Integridade de Informação e um Observatório de Desinformação – fruto de uma parceria pioneira com o Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE-AL) –, contribui com um caso concreto de sucesso para o intercâmbio de conhecimentos.

 

Liderada pelo Conselho Nacional de Secretarias Estaduais de Comunicação (CNSECOM), a comitiva tem uma prioridade: voltar ao Brasil com soluções testáveis — do desenho das mensagens de interesse público ao uso responsável de inteligência artificial (IA) — que ajudem governos estaduais e prefeituras a enfrentar desinformação, fortalecer a confiança e melhorar a prestação de serviços.

 

O vice-presidente do CNSECOM e secretário de Comunicação de Alagoas, Wendel Palhares, que integra a delegação, explica a missão como oportunidade de aprendizado mútuo. “A comunicação pública é tecnologia de confiança. Observar as eleições em Portugal é aprender, no terreno, como Estado, universidades e imprensa organizam respostas a boatos, moderam o debate e entregam informação útil ao cidadão — sem discutir a urna, mas o ecossistema que sustenta a democracia.”

 

Alagoas na Vanguarda: Da Teoria à Prática

 

Enquanto a missão busca inspiração em Portugal, Alagoas demonstra na prática como esse aprendizado pode ser aplicado. A existência do Núcleo de Integridade de Informação coloca o estado um passo à frente, servindo como um laboratório vivo das melhores práticas que a comitiva agora estuda no exterior.

“Estamos em um momento único. Observamos as soluções portuguesas trazendo na bagagem a experiência alagoana, que já está em fase operacional. O nosso Observatório, criado com o TRE-AL, é a materialização do que discutimos em fóruns internacionais: uma cooperação institucional robusta para proteger o debate público”, destaca Palhares. A iniciativa integra a preparação do I Summit de Comunicação Pública Lisboa–Brasil, em novembro, na Universidade de Lisboa.

 

Academia como Aliada Estratégica

 

A agenda do grupo inclui visitas a locais de votação e reuniões técnicas para entender fluxos de informação em dia de pleito. Um foco explícito é a interlocução com universidades, algo que Alagoas já internalizou.

 

“Sistemas são diferentes — Portugal unitário, Brasil federativo —, mas os padrões de comportamento eleitoral e de circulação de desinformação dialogam”, afirma a doutora em ciência política e diretora do Instituto de Ciências Sociais da Universidade Federal de Alagoas, Luciana Santana, que também integra a missão. “A academia entra com método: mapeia narrativas, identifica atores, mede impacto e oferece evidência para a decisão do gestor.”

Em Alagoas, essa proximidade já rendeu frutos, como a criação de bolsas de mestrado dedicadas à integridade da informação e a abertura de bases de dados a pesquisadores.

 

Transformando Observação em Ação

 

Na prática, o CNSECOM, com a contribuição de Alagoas, pretende transformar a observação em protocolos que sirvam a todo o Brasil. A missão em Portugal testa “etnografia rápida” de desinformação, varrendo boatos recorrentes para avaliar respostas oficiais.

 

“Esclarecer não é simplificar: é organizar problemas complexos com dados, ouvir a academia e entregar políticas comunicacionais previsíveis”, diz Palhares. O objetivo é produzir uma matriz de resposta rápida que possa ser adaptada por estados brasileiros, um caminho no qual Alagoas já começou a trilhar com sua estrutura local.

 

A missão também recolherá práticas de uso responsável de IA generativa para comunicação de serviço, com a diretriz dupla de rigor humano na validação e registro de trilhas de auditoria.

 

No balanço final, Palhares vê um caminho de mão dupla, onde Alagoas tem um papel ativo. “Há muito o que Portugal e Brasil podem ensinar um ao outro. Levar a experiência do nosso Núcleo de Integridade para este debate internacional mostra que Alagoas não só acompanha as melhores práticas globais, mas também as implementa e inova, colocando-se na vanguarda da defesa da informação e da democracia no Brasil.”


FONTE: Governo de Alagoas
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