Segundo Jorgina Sales, coordenadora do Consultório na Rua, com a chegada da pandemia, muitas vulnerabilidades ficaram ainda mais visíveis e era preciso buscar estratégias de cuidado integral à vida, fortalecendo vínculos e respeitando a autonomia das pessoas em situação de rua.
“Um olhar ampliado à saúde também passa pelo acesso a direitos básicos como alimentação, documentação e mesmo o afeto. Então, acredito que a escolha do nosso relato de experiência para a etapa final da premiação se deve a nossa atuação singular, próxima e humanizada para todas essas questões que muitas vezes vão além do cuidado à saúde”, afirma Jorgina Sales.
Já de acordo com Flaviane Belo, enfermeira da equipe do Consultório na Rua e também autora do relato de experiência selecionado, com a pandemia da Covid-19 a equipe se deparou, de maneira mais intensa, com a fome, o adoecimento, as limitações de acesso a equipamentos públicos e o uso do equipamento de proteção individual.
“Com o fechamento desses equipamentos e a diminuição da circulação de pessoas, tivemos que repensar o cuidar, o entrar nas ruas, abraçar, pegar na mão, além de pensar em outras estratégias de assistência como a entrega de refeições, máscaras, água, álcool em gel, entre outros com a parceria de serviços da assistência social, ONGs e sociedade civil”, detalha.
Ana Cecília da Silva – Ascom/SMS