Pedro Sales / Ascom Polícia Científica
A Polícia Científica de Alagoas adquiriu um novo espectrofotômetro UV/VIS, equipamento que ampliará a capacidade de investigação em casos de mortes a esclarecer, especialmente aquelas relacionadas à intoxicação por gases como o monóxido de carbono.
O novo equipamento será operado pelo setor de Toxicologia do Laboratório Forense do Instituto de Criminalística de Maceió. O perito criminal Thalmanny Fernandes, chefe da unidade, e as peritas criminais Ayala Nara e Livia Rocha já passaram por treinamento específico e estão aptas a realizar os exames com a nova tecnologia.
De acordo com Thalmanny Fernandes, o espectrofotômetro permitirá maior precisão na elaboração de laudos cadavéricos em casos de suspeita de asfixia química, contribuindo diretamente para a determinação da causa mortis pelo perito médico-legista.
A asfixia química por monóxido de carbono (CO) ocorre quando há a formação elevada da carboxiemoglobina, interferindo na absorção de oxigênio (O2) pelo organismo, impedindo que tecidos e órgãos recebam a quantidade necessária de O2 para manter as funções vitais.
“O novo método já foi implementado na rotina e será utilizado em casos com histórico de intoxicação por CO. Recentemente, um jovem de 23 anos foi encontrado em óbito no bairro Clima Bom, em Maceió, cujo histórico é compatível com intoxicação por monóxido de carbono. O exame poderá determinar com exatidão quais substâncias estiveram envolvidas no óbito”, explicou o perito.
A aquisição do equipamento, no valor superior a R$ 94 mil, foi viabilizada com recursos do Fundo Estadual de Segurança Pública. O investimento reforça o compromisso da Polícia Cientifica de Alagoas com a melhoria dos serviços periciais, fortalecendo a qualidade das investigações.