Nos últimos meses, os municípios de Teotônio Vilela e Junqueiro, no Agreste alagoano, tem sido palco de uma escalada de violência que intriga as autoridades e acende um alerta vermelho nas instituições democráticas. Assassinatos com indícios de motivação política vêm acontecendo em sequência, num ambiente marcado pelo medo, disputas de poder e silenciamento de vozes críticas. A situação levanta a suspeita do retorno de práticas típicas do coronelismo, sistema historicamente associado ao controle político pela força e intimidação.
O assassinato do agricultor e líder comunitáriao, conhecido como “Primo do Imburí”, ocorrido recentemente em Teotônio Vilela (AL), tem gerado grande repercussão na região. A vítima era esposo da vereadora Joselma, o que intensificou as especulações sobre possíveis motivações políticas por trás do crime.
JUNQUEIRO
Esse episódio se soma a uma série de eventos violentos na região, incluindo o assassinato do blogueiro Adriano de Farias em Junqueiro, em junho de 2024. Na ocasião, um dos suspeitos detidos era primo do ex-deputado Joãozinho Pereira. O suspeito já possuía histórico criminal, com envolvimento em casos de homicídio e extorsão.
A sequência de crimes com possíveis conexões políticas tem levantado preocupações sobre a segurança pública e a influência de práticas políticas tradicionais na região. Autoridades locais estão sendo pressionadas a investigar profundamente esses casos para garantir a justiça e a estabilidade na área.
TEOTÔNIO VILELA
A vereadora Joselma Agostinho do Nascimento Barboza, conhecida politicamente como “Prima do Imburi”, é uma figura pública em Teotônio Vilela, Alagoas. Eleita pelo Partido Liberal (PL) nas eleições de 2024, ela exerce seu primeiro mandato na Câmara Municipal. Joselma tem 33 anos, é natural de Iati (PE), possui ensino médio completo e tem como ocupação declarada a agricultura.
Joselma vem cobrando uma resposta das autoridades acerca da tragédia pessoal com o assassinato de seu marido, Eduardo Cordeiro, conhecido como “Primo do Imburi”. O crime ocorreu na noite de 4 de abril de 2025, em frente a uma escola municipal em Teotônio Vilela. Eduardo foi alvejado com cinco tiros na cabeça, e as circunstâncias do crime estão sendo investigadas pela polícia.
A Câmara Municipal de Teotônio Vilela decretou luto oficial em decorrência do falecimento de Eduardo Cordeiro, expressando solidariedade à vereadora Joselma e sua família.
As autoridades continuam as investigações para esclarecer as motivações do crime e identificar os responsáveis.
