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Deputado do PL usava família no esquema de desvio de verbas federais, diz PF

11/02/2025 15h25 - Atualizado há 1 mês
Deputado do PL usava família no esquema de desvio de verbas federais, diz PF
Bosco Costa, suplente de deputado federal, utilizava familiares em esquema de desvio de emendas, diz PF — Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados

Investigação da Polícia Federal sobre o esquema de venda de emendas parlamentares por deputados do PL aponta que Bosco Costa (PL-SE) utilizava a esposa e o filho na destinação de parte dos recursos indicados pelos parlamentares que integravam a organização criminosa.

No fim deste mês, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) vai decidir se Bosco Costa – que atualmente é suplente de deputado – Josimar Maranhãozinho (PL-MA) e Pastor Gil (PL-MA) vão se tornar réus pelo esquema de desvio de verbas federais.

 

Os deputados foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por suposta “comercialização de emendas parlamentares”. A organização criminosa também contava com um agiota e lobistas.

Em geral, segundo as investigações, 25% das emendas que deveriam ser integralmente utilizadas na área da saúde de São José de Ribamar (MA) teriam sido pagos como propina.

Conforme o relatório da PF, ao qual o blog teve acesso, os investigadores identificaram que o deputado Bosco Costa usava a conta da mulher para esconder o dinheiro desviado de emendas e usava o filho na negociação ilegal.

 

 

“Diante desses elementos, tornou-se possível visualizar um subnúcleo criminoso destinado à lavagem de dinheiro, composto por familiares do deputado Bosco Costa. A sua esposa, Maria Rivandete de Andrade, é quem recebe/oculta o dinheiro do esquema criminoso. O seu filho, Thales Andrade Costa, além de também receber/ocultar, ainda tem papel ativo na negociação”, diz o documento da PF.

 

g1 busca contato com Bosco Costa.

A PF anexou à investigação extratos que comprovam as transferências.

Há extrato de vários pagamentos, um deles de R$ 40 mil, valor que a PF entende tratar-se de dinheiro de esquema ilegal, transferido em dezembro de 2020.

Em uma conversa, no dia 02/01/2020, foi encontrado um comprovante de transferência no valor de R$ 25 mil também para a conta de Maria Rivandete.

O recurso foi transferido pela empresa Joas Consultoria – que, segundo a PF pertencia, na verdade, ao deputado Josimar Maranhãozinho, líder do esquema criminoso denunciado pela PGR .

Thales Costa, filho do deputado Bosco Costa, foi denunciado pela PGR, assim como o pai. Já a esposa do deputado – cuja conta teria recebido o dinheiro do desvio das emendas – não foi denunciada, porque a PGR entendeu que não há prova de que ela sabia da ilicitude.


FONTE: Por G1
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