O programa Alagoas Mais Arroz está colhendo resultados bem positivos na parcela demonstrativa instalada no município de Igreja Nova. O experimento, que está sendo realizado em parceria com a Embrapa Arroz e Feijão (GO) e a prefeitura municipal, está testando três novas variedades de arroz, que devem ser validados para melhorar a produção nos plantios irrigados do Baixo São Francisco.
Durante a visita técnica desta quarta-feira (29), foi observado que a produtividade de arroz da variedade BRS 705 chegou a 16 toneladas/hectare. A produção registrada na região é de 12 ton/ha, com média de 9 ton/ha. O resultado é reflexo na qualidade do material genético experimentado, manejo tecnificado aplicado na região e as condições ambientais da região do Baixo São Francisco alagoano.
O secretário executivo de Agricultura Familiar, Ronaldo Targino, acompanhou a visita no campo e destacou o potencial de plantio de arroz no Baixo São Francisco, que tem garantido a ampliação da produção alagoana ano após ano, registrado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“Os resultados deste início de colheita confirmam o sucesso da etapa Alagoas Mais Arroz, com números muito acima do esperado. Mesmo com as chuvas recentes, superamos, em área de produção, todos os registros anteriores da Embrapa. Esse avanço só foi possível graças ao investimento na capacitação técnica dos nossos produtores e ao acompanhamento contínuo proporcionado pela parceria entre o Governo de Alagoas e a Embrapa Goiás”, ressaltou Ronaldo Targino.
A colheita e análise das outras duas variedades (BRS A704 e BRS A706 CL), que também foram implantadas no pacote de ações do Alagoas Mais Arroz e foram iniciadas em 2024, ainda serão realizadas. De acordo com o coordenador de Melhoramento Genético de Arroz da Embrapa, José Colombari, elas já expressaram todo potencial produtivo, seguindo o manejo recomendado e orientado pela Embrapa Arroz e Feijão junto aos agricultores.
“As unidades demonstrativas foram um sucesso. Conseguimos fazer uma boa instalação, os produtores conseguiram entender o manejo repassado e conduziram de forma excepcional o processo. Isso prova que a região é apta para produzir arroz de excelente qualidade, o arroz premium tipo 1, que pode ser equiparado ao que é produzido na região Sul do Brasil”, explicou Colombari.
Com os resultados positivos, a região contará com novos tipos de arroz para produção, impactando a vida de quem planta, de quem vende e de quem consome arroz. Um dos beneficiados é o produtor Lindomar Bispo, que cedeu a propriedade no Povoado Ipiranga, em Igreja Nova, para a implantação do experimento.
“A gente passou quatro meses trabalhando muito e se dedicando. Por isso, gostaria de agradecer à Seagri, à Embrapa e à Secretaria de Agricultura de Igreja Nova por ter trazido esse experimento. Essa experiência vai agregar muito valor ao que é produzido na nossa região”, declarou Lindomar.