O Governo de Alagoas concedeu o diploma de patrimônio vivo do estado aos mestres Geraldo José da Silva, de 70 anos, Rubério de Oliveira Fontes, 83, e Sônia de Maria Lucena, 70. A diplomação visa preservar e garantir a transmissão da memória popular e artística alagoana. Com estes três novos homenageados, sobe para 40 o número de artesãos reconhecidos por seus saberes culturais e pela transmissão dessa identidade artística. A solenidade ocorreu nesta terça-feira (17), no Palácio República dos Palmares.
Representando o governador Paulo Dantas, o secretário de Estado de Governo (Segov), Vitor Pereira, ressaltou o compromisso do Governo do Estado com a valorização da cultura alagoana, eternizando-a com a diplomação dos três mestres. “A cultura tem papel primordial na nossa governança, pois é um instrumento que também contribui para o crescimento social e econômico do estado. E o reconhecimento destes três mestres valoriza a cultura, o que há de mais valioso no estado, e fortalece nossa identidade”, disse.
A importância da diplomação como forma de reconhecimento do saber cultural e instrumento de construção da identidade social foi destacada pela secretária de Estado da Cultura (Secult), Mellina Freitas. “Com esta diplomação, o Governo de Alagoas demonstra o respeito com a cultura, as artes e as nossas tradições. A cultura também é uma mola propulsora para outras atividades e funciona na formação cidadã, no combate à violência, na fonte de renda e geração de emprego e democracia”, ressaltou.
Para o mestre de folguedos Geraldo José, a diplomação não valoriza somente o trabalho dele, mas todos os artesãos que atuam na propagação da cultura alagoana. “Estou muito emocionado e me sentindo bem valorizado pelo Governo de Alagoas, que reconhece neste dia os meus 55 anos de trabalho voltado para educação e formação do cidadão através do toré de índio, taieiras, coco de roda, maracatu, baiana e os quilombos”, afirmou.
Responsável por perpetuar a memória naval do baixo São Francisco, o artesão Rubério Fontes disse se sentir honrado com a homenagem em vida. “Eu esperava ser reconhecido, e neste dia, o Governo de Alagoas me faz essa homenagem e reconhecimento à minha arte, ao meu dom. Sou o único que fabrico réplicas de São Francisco e da rede ferroviária”, disse.
Mestra do bordado de renda singeleza, a artesã Sônia Lucena, mais conhecida como Soninha, disse estar orgulhosa pelo título de Patrimônio Vivo de Alagoas e a ainda mais motivada a seguir com propagação da arte. “Já tenho um polo de singeleza, em Paripueira e outro no Conjunto Denisson Menezes. Meu objetivo é instalar mais um polo na região da Ilha da Croa, em Marechal Deodoro. Meu objetivo é incentivar e passar a arte para outras gerações”, disse.
Estiveram presentes à solenidade os deputados estaduais Francisco Tenório, Ronaldo Medeiros e Gilvan Barros Filho, os secretários de Estado Diogo Teixeira (Ressocialização e Inclusão Social), Kátia Born (Assistência e Desenvolvimento Social), Bárbara Braga (Turismo), Roseane Vasconcelos (Educação) e Arabella Mendonça (Cidadania e da Pessoa com Deficiência). Também estavam a controladora-geral do Estado, Caroline Balbino, e os secretários-executivos Milton Muniz (Políticas Culturais e Economia Criativa) e Júlia Caroá (Relações Federativas Internacionais).