Referência no tratamento de alagoanos com doença falciforme em seus dois anos de funcionamento no estado, o Hemocentro de Alagoas (Hemoal) atende, atualmente, em torno de 705 pacientes que fazem tratamento assistencial contínuo para essa condição. Dentro desse número, cerca de 286 são crianças e adolescentes de 0 a 16 anos de idade.
Para a secretária de Estado da Primeira Infância de Alagoas, Caroline Leite, o tratamento humanizado para as crianças com essa condição é também uma das prioridades do governo Paulo Dantas.
“Mais de 700 alagoanos possuem a doença falciforme e são atendidos lá no Hemocentro de Alagoas, tendo essa condição detectada no teste do pezinho, nos primeiros dias de vida do bebê. Após a detecção, a criança é encaminhada para a Maternidade Escola Santa Mônica e posteriormente para o Hemoal para conduzir a assistência com uma equipe multidisciplinar que pode auxiliar os responsáveis”, disse.
Por ser hematológica, que causa crises de dor e de sequestração esplênica, icterícia, anemia, infecções, Acidente Vascular Encefálico (AVE), priaprismo e complicações renais, a doença falciforme requer um acompanhamento multidisciplinar, não restringindo apenas ao profissional médico.
Para isso, o Hemoal disponibiliza acompanhamento com fisioterapeuta, odontólogo, psicólogo, nutricionista e farmacêutico, além de ser assistido pelas equipes de Enfermagem e do Serviço Social.
Diagnóstico
A doença falciforme é diagnosticada nos primeiros dias de vida, por meio do Teste do Pezinho, que em Alagoas é assegurado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) nos 102 municípios.
Com o diagnóstico de doença falciforme, os pais da criança são encaminhados para a Casa do Pezinho, vinculada à Maternidade Escola Santa Mônica (MESM), situada no bairro Poço, em Maceió. Após receber todas as orientações, a criança é encaminhada para iniciar o processo de assistência no Núcleo de Hematologia do Hemoal, conforme destaca a também hematologista do Hemoal, Alexandra Ludugero.