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12/06/2024 às 21h08min - Atualizada em 12/06/2024 às 21h08min

*"Ser artista em Maceió não é massa": Protesto na Prefeitura denuncia gestão JHC pela morte da cultura local*

Agência de Notícias
Foto: Reprodução
Artistas alagoanos protestaram nesta terça-feira (11) na sede da Prefeitura de Maceió, carregando um caixão que simboliza a “morte” da cultura sob a gestão do prefeito João Henrique Caldas (JHC) (PL). Com faixas que diziam “A cultura alagoana pede respeito” e “Ser artista em Maceió não é massa”, os manifestantes pediram melhorias urgentes no setor cultural, alegando que o governo municipal vem falhando em suas promessas e atrasando pagamentos, alguns com até um ano de atraso desde o São João de 2023.

Os artistas locais têm sofrido com uma série de promessas não cumpridas por JHC e sua administração. Em fevereiro deste ano, um grupo de fazedores de cultura entregou uma carta manifesto com 15 demandas urgentes na Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa (Semce). Segundo Dudu Nogueira, presidente do Sindicato dos Artistas e Técnicos do Estado de Alagoas (Sated/AL), apesar da reunião e do compromisso do prefeito de resolver três demandas por semana, nenhuma foi atendida.

"A gente fez as 15 principais reivindicações e trouxemos um outro protesto. Fomos recebidos pelo prefeito, que prometeu semanalmente resolver três por semana, e de fato não resolveu nada", afirmou Dudu.

Essa negligência por parte de JHC evidenciou-se ainda mais após a saída do ex-secretário de cultura Cléber Costa e a nomeação de seu filho, Paulo Quirino, para o cargo, uma mudança vista como um movimento de favoritismo e não de competência.

Os artistas alegam que Paulo Quirino, o atual secretário, não tem experiência na área cultural e não estabeleceu nenhum diálogo com os representantes do setor. Isso só agravou a sensação de abandono e desprezo pela cultura na cidade.

“O Paulinho, que não entende nada de cultura, filho do secretário, não tem diálogo nenhum. O prefeito mentiu para a gente", desabafou Dudu Nogueira.

*Protesto como Forma de Resistência*

O protesto na prefeitura, com um caixão simbolizando o “enterro” da cultura em Maceió, reflete a desesperança e a frustração dos artistas locais com a administração JHC. Além dos cachês atrasados, os manifestantes exigem que a prefeitura adote um processo de contratação mais profissional e transparente, evitando novos atrasos e garantindo a realização dos pagamentos de forma justa e regular.

Outra demanda crucial é a revisão do Conselho de Cultura, para que a presidência seja eleita pelos conselheiros e que novos segmentos, como Capoeira, Circo e Dança, tenham representação garantida.

A gestão de JHC tem se mostrado não apenas ineficaz na administração dos recursos culturais, mas também opaca e desrespeitosa para com os artistas locais. O protesto é um grito de socorro e um chamado à responsabilidade para que a cultura de Maceió não continue sendo negligenciada e sufocada pelas promessas vazias e pela falta de ação do governo municipal.

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