09/08/2023 às 20h08min - Atualizada em 09/08/2023 às 20h08min
Alagoas é o 3º estado da Federação com maior adesão ao Programa Escola em Tempo Integral
Além da rede estadual, 66% dos municípios alagoanos já se cadastraram no programa lançado dia 31, pelo Ministério da Educação, para ampliar a oferta do ensino integral no país
Alagoas Atenta com Governo de Alagoas
Ensino integral fortalece aprendizagem dos alunos
Alagoas está entre os dez estados brasileiros que já aderiram ao Programa Escola em Tempo Integral, lançado pelo Ministério da Educação (MEC) no último dia 31, em Brasília-DF. Segundo levantamento divulgado pelo MEC no início desta semana, dez estados (37% do total) e 1.766 municípios (32% do total) já se cadastraram no programa que pretende ampliar em 1 milhão o número de matrículas da modalidade, totalizando um investimento de R$ 4 bilhões com o objetivo de fortalecer a assistência técnica para a oferta das ações pedagógicas.
Em Alagoas, 66 municípios – o equivalente a 65% do total – fizeram adesão ao programa. O estado, por sinal, está em terceiro lugar (empatado com o Maranhão) entre as unidades da federação com maior percentual de adesão, seguido pelo Distrito Federal (100%) e pelo Ceará (68%).
Na rede estadual de Alagoas, o Programa Alagoano de Ensino Integral (Palei) existe desde 2015 e, atualmente, contempla mais de 30 mil alunos distribuídos em 116 escolas – o que representa 40% do quantitativo de unidades da rede estadual. Esse resultado faz com que o estado seja o 4º no ranking nacional em escolas públicas com ensino integral, ficando atrás apenas de Pernambuco, Paraíba e Ceará.
No Palei, as escolas possuem uma jornada de estudos de 7h ou 9h e um currículo com uma formação mais ampla, contendo uma série de atividades que fortalecem a aprendizagem, a exemplo das disciplinas eletivas, projetos integradores e estudos orientados.
Adesão
Desde o último dia 2, estados e municípios podem fazer a adesão voluntária ao programa do MEC. O cadastro deve ser feito no Sistema Integrado de Monitoramento, Execução e Controle do ministério, o Simec. Para os municípios, o atendimento será, obrigatoriamente, na educação infantil e no ensino fundamental. Já para os estados, nos ensinos fundamental e médio.
Gerente especial de Fortalecimento da Educação Integral e Complementar da Seduc, Erivaldo Valério afirma acreditar que o diálogo entre os programas alagoano e do governo federal vai fortalecer o processo de aprendizagem em todo o estado.
“As duas propostas podem trabalhar em conjunto para melhorar a educação alagoana. Será uma troca de experiências enriquecedora. Mas é importante que mais municípios façam adesão, visto que o programa vai injetar recursos na modalidade e ampliar oportunidades para nossos estudantes enquanto futuros profissionais”, avalia.
Já o gerente especial de Fortalecimento da Educação em Tempo Integral do Ensino Fundamental da Seduc, Ilson Leão, lembra que o ensino integral elevou os índices educacionais das escolas que o implantaram.
“Na rede estadual, temos 24 escolas de ensino fundamental integral, e todas as que fizeram a opção de sair do regime parcial para o integral melhoraram seus indicadores, além de reduzirem a evasão e a reprovação. Vale a pena o município implementar ou ampliar a oferta da modalidade, e a Seduc estará à disposição para cooperação técnica e qualquer assistência necessária às redes municipais”, garante Ilson.
Seminários
Erivaldo e Ilson, inclusive, já garantiram presença em um ciclo de seminários que o MEC promove para educadores e redes de ensino. O objetivo é repassar orientações acerca do Programa Escola em Tempo Integral.
Os encontros tiveram início no último dia 3, em Cuiabá (MT). Para os estados do Nordeste, o seminário acontece em Recife-PE, nos dias 13 e 14 de setembro.