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02/03/2023 às 15h52min - Atualizada em 02/03/2023 às 15h52min

Técnicos municipais são capacitados para diagnóstico da Hanseníase

Ação da Sesau foi iniciada na quarta-feira (1º), pela VI Região de Saúde, formada por oito municípios do Baixo São Francisco

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A Hanseníase é caracterizada por manchas na pele que podem causar incapacitação
Para dar continuidade às ações de combate, prevenção e cura da hanseníase, doença crônica, infecciosa e contagiosa, causada pela bactéria Mycobacterium leprae, a Secretaria de Estado de Saúde (Sesau) retomou o ciclo de capacitações sobre diagnóstico precoce, destinado aos técnicos municipais. Os primeiros municípios a serem contemplados com a ação foram Coruripe, Feliz Deserto, Igreja Nova, Jequiá da Praia, Piaçabuçu, Porto Real do Colégio, São Brás e Penedo, que sediou o treinamento, ocorrido nesta quarta-feira (1º).


As capacitações são voltadas para os médicos e profissionais de enfermagem que recebem informações sobre diagnóstico e tratamento da hanseníase. A ação também contempla os agentes comunitários de saúde, com foco na identificação de suspeição de novos casos da doença, que se não diagnosticada e tratada em tempo oportuno, pode causar incapacitação, como perda da sensibilidade na parte do corpo afetada.


Segundo a coordenadora estadual do Programa de Controle de Hanseníase, enfermeira Itanyelly Queiroz, as capacitações têm o propósito de assegurar que os novos casos da doença sejam identificados precocemente. “Quanto mais precoce a doença for diagnosticada, menos sequelas geram ao paciente. Por isso, iremos capacitar os técnicos dos 102 municípios alagoanos”, destacou.


A coordenadora do Programa de Controle de Hanseníase explicou, ainda, que a doença é transmitida por meio de gotículas de saliva, disseminadas na tosse e espirros, além de fala, o que reforça a identificação de casos. “Todas as pessoas que convivem com pacientes devem ser examinadas para eliminar a cadeia de contágio”, destacou Itanielly Queiroz.


A coordenadora do Programa de Controle de Hanseníase lembrou, ainda, que a doença tem cura, e o tratamento é assegurado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “A hanseníase pode provocar incapacitações permanentes nas pessoas e é acompanhada de um grande estigma social. Por isso, é imprescindível que os casos sejam identificados de forma precoce e o tratamento realizado de forma segura e completa”, ressaltou.


Sintomas

Entre os principais sintomas da hanseníase estão as manchas brancas e avermelhadas na pele e comprometimento dos nervos periféricos. A pessoa acometida pela doença também pode sentir sensação de formigamento nas mãos e pés, diminuição ou perda da sensibilidade e nódulos no corpo, alguns deles, dolorosos.


Em Alagoas, de acordo com dados epidemiológicos do Programa Estadual de Controle da Hanseníase, foram diagnosticados 259 casos da doença em 2021. Já no ano passado, foram diagnosticados 251 novos casos, conforme o Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), órgão vinculado ao Ministério da Saúde (MS).


Calendário de Capacitações

Até o dia 1º, já foram capacitados os técnicos municipais da II, III, IV e VI Regiões de Saúde. O calendário de capacitações prossegue no dia 22 deste mês, conforme descrito no link a seguir (https://www.saude.al.gov.br/wp-content/uploads/2023/03/CALENDARIO-DE-CAPACITACOES-SOBRE-DIAGNOSTICO-DA-HANSENIASE.jpeg). Além dos municípios alagoanos, algumas instituições também terão seus técnicos capacitados, como o Sistema Prisional, nos dias 3, 17 e 24 de março; e o Hospital da Polícia Militar de Alagoas (PM/AL), no dia 10 deste mês. 


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