Coordenadores de creches municipais, assistentes sociais e psicólogos da rede municipal de ensino participaram do encerramento da Formação Continuada sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) nesta quinta-feira (3). O quarto e último momento foi marcado por uma palestra do assistente social Everton Rodrigues, que falou da atuação e da importância do Conselho Tutelar para com a Educação.
O encontro realizado no Auditório Paulo Freire, da Secretaria Municipal de Educação (Semed), contou com a presença de cerca de 30 profissionais. Durante a palestra o público tirou dúvidas sobre como agir e atuar em casos de evasão escolar, abandono familiar, violência doméstica, entre tantas outras situações que são realidade dentro das unidades educacionais.
Francisca Lúcia Feitosa é coordenadora pedagógica da creche municipal Jorge de Lima, localizada na Santa Lúcia. A educadora participou de todos os encontros e destacou a importância de formações como essa.
“Tem sido um momento de aprendizado, porque nos trazem coisas que vão nos ajudar nas práticas no chão da escola. Essa formação nos deu uma visão muito boa sobre quais órgãos podemos recorrer em casos de violência contra criança ou qualquer outra situação”, afirmou.
A formação continuada foi idealizada pelo Centro de Atenção Integrada à Criança e Adolescente (Caica) e durou quatro meses. As palestras foram realizadas uma vez ao mês.
A coordenadora do Caica, Tyciane Melo, explicou que a palestra teve o intuito de esclarecer a importância do trabalho conjunto entre comunidade escolar e Conselho Tutelar.
“Nosso parceiro Everton Rodrigues tirou algumas dúvidas sobre qual o papel do Conselho Tutelar na Educação. Porque têm muitos casos nas escolas de agressão ou violência contra criança, e o diretor escolar e o professor precisam saber agir e saber para quem encaminhar os casos”, afirmou.
Ela explica ainda que, em caso de violação do direito da criança e do adolescente, não cabe apenas à gestão escolar acionar o órgão competente.
“O papel de avisar o Conselho Tutelar não é apenas do diretor escolar, é da escola como um todo. Se tiver algum problema com o aluno, seja de bullying, maus-tratos, trabalho infantil, qualquer outro, não é um problema apenas do educador apenas, é da escola, que vai precisar acionar os órgãos componentes para que esse problema não saía dos muros da unidade escolar”, pontuou Tyciane Melo.