Com o primeiro resultado do mapeamento, que avalia o nível de alfabetização dos estudantes do ensino fundamental na rede pública de Maceió, equipes da Secretaria Municipal de Educação (Semed) já começaram a se preparar para realizar intervenções pedagógicas junto a coordenadores e diretores das unidades escolares. Até junho, quase 20 mil estudantes, do 1º ao 5º ano, de 66 escolas participaram da amostra.
Segundo dados do mapeamento, dos 6.571 estudantes matriculados no 5º ano, 63% estão alfabetizados. Isso significa que mais da metade dos alunos da rede, dessa série, conseguiram estar em um nível otimista de alfabetização. As causas para essa evolução se deve à realização de múltiplas ações dentro e fora da sala de aula.
O levantamento é feito por uma equipe da coordenação do ensino fundamental, da Semed, e segue sendo realizado em agosto e novembro deste ano. Essa avaliação também é realizada todo mês pelas escolas. O intuito é ter um panorama do nível de alfabetização das crianças e observar como as atividades estão sendo realizadas nas unidades, para logo em seguida criar estratégias e realizar intervenções no ambiente escolar.
As ações de intervenção da secretaria consistem em realizar feiras literárias, envio de materiais, acompanhamento pedagógico nas escolas, visitas técnicas, olimpíadas de português e de matemática, prova de fluência para avaliar o nível de leitura das crianças, além de feiras voltadas para mostras de investigação científica.
Para a coordenadora do setor, Juliane Medeiros, é com o mapeamento que o setor consegue identificar lacunas na aprendizagem dos alunos para realizarem projetos que visem melhorias. Ela contou que a alfabetização vai além de apenas aprender a escrever.
"São diversas ações que contribuem para a alfabetização, porque ela não se dá só na parte escrita, tem também a parte do letramento, na matemática, nas ciências, entre outras temáticas. A gente já tem visto uma evolução no nível em que os alunos se encontram", disse a coordenadora.
Juliane também disse que mais estratégias pedagógicas vêm sendo criadas e desenvolvidas nas escolas como, por exemplo, a junção de estudantes que estão em determinada fase específica de alfabetização em salas para a realização de atividades direcionadas para cada grupo. Essa ação acontece duas vezes na semana.
"Aquela atividade pode servir para um grupo de estudantes, mas para outros não, então é complexo, precisa de um acompanhamento. Quando tem uma situação de uma escola que tem mais dificuldade a gente dá apoio, a gente contribui. Uma das estratégias que é feita nas escolas é juntar estudantes que estão em uma fase específica. Por exemplo, eu identifico que um grupo é pré-silábico, então reúno esses estudantes e atividades direcionadas a esse grupo", concluiu Juliane.