26/02/2022 às 16h39min - Atualizada em 26/02/2022 às 16h39min

Estação de tratamento de chorume em aterro sanitário de Maceió já é referência nacional

Processo que transforma o chorume em água de reuso para lavagem e irrigação de espaços públicos poupa 120mil litros de água potável por dia

Alagoas Atenta com Prefeitura de Maceió
Representantes da Superintendência de Desenvolvimento Sustentável conhecem novas práticas no aterro sanitário. Foto: Ascom Sudes

A estação de tratamento de chorume do aterro sanitário do Benedito Bentes, parte alta da cidade, é referência nacional como uma das primeiras a transformar o líquido escuro em água de reuso. Com a técnica, 120 mil litros de água potável são poupados por dia em serviços de manutenção por toda Maceió.

O chorume passa por uma grande filtragem e a combinação de diversos processos de tratamento. Foto: Ascom Sudes

O chorume passa por uma grande filtragem e a combinação de diversos processos de tratamento. Foto: Ascom Sudes

O chorume passa por uma grande filtragem e a combinação de diversos processos de tratamento. Foto: Ascom Sudes

Com uma avançada tecnologia de filtragem e a combinação de diversos processos de tratamento — como a nanofiltração (processo de separação por membranas que consegue dividir soluções heterogêneas e solutos que estão dissolvidos na água) e a osmose reversa (separação de substâncias através de uma membrana que retém o soluto) — o líquido escuro resultante da decomposição do lixo se transforma em água limpa, com qualidade atestada por laboratórios certificados.

Com uma avançada tecnologia de filtragem, o líquido escuro se transforma em água limpa. Foto: Ascom Sudes

Com uma avançada tecnologia de filtragem, o líquido escuro se transforma em água limpa. Foto: Ascom Sudes

Com uma avançada tecnologia de filtragem, o líquido escuro se transforma em água limpa. Foto: Ascom Sudes

Além de ser utilizada dentro do próprio aterro sanitário para molhar o solo e evitar o excesso de poeira no local, a água resultante do processo também está sendo utilizada, desde o final do mês de janeiro, pelos agentes da Superintendência Municipal de Desenvolvimento Sustentável (Sudes), em áreas públicas da capital alagoana, na irrigação de praças e limpeza urbana. Afinal, apesar de não poder ser empregada diretamente para consumo humano, a água de reuso está dentro de padrões estabelecidos para a reutilização e pode ser aproveitada em diversas atividades.

Em visita ao local, no início do fevereiro, uma comitiva de diretores e coordenadores do Desenvolvimento Sustentável do Município constataram eficiência do procedimento.

“Esta é uma grande conquista ambiental para a cidade de Maceió, fruto de um longo trabalho de pesquisas, ajustes e investimento em tecnologia”, afirma Daniel Sanchez, gerente regional da Estre Ambiental, operadora da CTR Maceió.

A água resultante do processo também está sendo utilizada, desde o final do mês de janeiro na irrigação de praças e limpeza urbana. Foto: Ascom Sudes

A água resultante do processo também está sendo utilizada, desde o final do mês de janeiro na irrigação de praças e limpeza urbana. Foto: Ascom Sudes

A água resultante do processo também está sendo utilizada, desde o final do mês de janeiro na irrigação de praças e limpeza urbana. Foto: Ascom Sudes

O acúmulo de chorume no meio ambiente pode causar a poluição dos lençóis freáticos e outros depósitos aquíferos subterrâneos. Além de todo o transtorno causado para com o meio ambiente, o líquido tem um potencial enorme de provocar impactos para a própria saúde humana e dos animais. Isso porque o controle da infiltração e da qualidade das águas subterrâneas é difícil e custoso.

O cenário é ainda pior se for registrada uma alta concentração de metais pesados no chorume. Como esses metais tendem a se acumular nas cadeias alimentares, a contaminação pelo seu consumo é um risco sério e bastante real, já que a própria utilização de água contaminada na irrigação de plantações pode significar o adoecimento da população.

Kedyna Tavares, diretora de Planejamento e Serviços Especiais da Sudes, afirma que ter atenção para esse problema é essencial para a preservação do meio ambiente e da saúde dos maceioenses.

"De forma geral, estamos contribuindo para a saúde da natureza. O chorume é extremamente agressivo ao meio ambiente e, quando tratado e transformado em água de reuso, passa a ser sustentável, fazendo com que a Prefeitura economize o gasto com água potável na irrigação e lavagem de espaços públicos da capital. Era um líquido que só causaria danos e, agora, ajuda a garantir uma cidade melhor para todos nós", concluiu Kedyna.

Processo do tratamento do chorume é explicado para diretora e coordenadores. Foto: Ascom Sudes

Processo do tratamento do chorume é explicado para diretora e coordenadores. Foto: Ascom Sudes

Processo do tratamento do chorume é explicado para diretora e coordenadores. Foto: Ascom Sudes

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